Com apenas 25 anos de idade, Mestrinho do Acordeon tem em sua bagagem musical experiência de fazer inveja a muita gente. Erivaldo Oliveira, nome de batismo, é natural de Sergipe e começou a tocar sanfona ainda criança, por incentivo da mãe. Em sua trajetória, acompanhou ninguém menos que Dominguinhos, bem como tocou com Elba Ramalho e, atualmente, faz shows com Gilberto Gil e cuida da carreira solo.
Mestrinho esteve em Natal recentemente e conversou com a Revista Forró. “Eu costumo dizer que minha história na música começou ainda na barriga da minha mãe, porque nesse período ela já dizia que eu seria sanfoneiro. Minha mãe sempre foi apaixonada por sanfona e meu pai já tocava. Um dia eles brigaram e ela com raiva disse ao meu pai que teria um filho e ele tocaria mais que ele”, lembra.
O apelido de Mestrinho, aliás, Erivaldo ganhou também da mãe. Aos seis anos, ele teve sua primeira sanfona e daí não parou mais. Mestrinho conta que aprendeu observando o pai e o irmão, que também toca. Aos 11 anos, passou a tocar em bandas, chegando a fazer viagens para shows.
Já adolescente, Mestrinho foi para São Paulo, onde conheceu Dominguinhos. Mas, nesse período, também montou o Trio Juriti, que se tornou famoso em festivais no Sudeste. O grupo existiu até 2010, no entanto, Mestrinho sempre teve contato com Dominguinhos, participando de shows.
“Desse contato surgiu uma grande amizade e eu passei a viajar com ele e conviver de perto. Foi uma grande experiência e o meu maior aprendizado. Até quando ele ficou bem doente, todos os dias eu ia ao hospital tocar para ele. Ainda hoje, me pego pensando em Dominguinhos e sinto uma grande saudade”, afirma.
Mestrinho, assim como Dominguinhos, tem suas raízes no forró, embora use e abuse da universalidade do acordeon, passando por vários gêneros. Em seu projeto solo, que está lançando atualmente, o sanfoneiro preparou um CD com composições próprias, como Opinião, que inclusive é o título do disco. O material ainda tem duas músicas instrumentais.
Mestrinho pretende intensificar, a partir dos próximos meses, a divulgação do seu trabalho solo, procurando viajar pelo Brasil mostrando seu forró. “Em breve, espero voltar a Natal, que é uma terra onde já estive tantas vezes e sempre fui bem recebido”, comenta.
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